A Sabadoria é a habilidade de ver as coisas da uma maneira diferente mas nem sempre queremos ver as coisas diferentes e nem da maneira que são e sim do jeito que queremos ver ..
A realidade pode ser bem diferente daquilo que pensamos, depende somente de nós…
Minha Nova Fase :)
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
SEMPRE LÚCIDA: ESSE POVO....
SEMPRE LÚCIDA: ESSE POVO....: Hoje eu li um artigo muito bom sobre a chegada dos haitianos, autoria de Ismael Benigno. Concordo com ele. Num trecho ele destaca ironicamen...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
— Desculpa, é a namorada dele aqui. Você quer deixar mais algum recado?
Você sempre vai conseguir roubar um sorriso meu, sempre.
Você sempre vai conseguir roubar um sorriso meu, sempre.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Pode ter certeza \0/
Vento no Litoral
Renato Russo
De tarde eu quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
------------------------------ -----------------
Quando Você Crescer
Raul Seixas
O que que você quer ser quando você crescer?
Aguma coisa importante
Um cara muito brilhante
Quando você crescer
Não adianta, perguntas não valem nada
É sempre a mesma jogada
Um emprego e uma namorada
Quando você crescer
E cada vez é mais difícil de vencer
Pra quem nasceu pra perder
Pra quem não é importante...
É bem melhor
------------------------------ ----------------
Ideologia
Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"..
Renato Russo
De tarde eu quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
------------------------------
Quando Você Crescer
Raul Seixas
O que que você quer ser quando você crescer?
Aguma coisa importante
Um cara muito brilhante
Quando você crescer
Não adianta, perguntas não valem nada
É sempre a mesma jogada
Um emprego e uma namorada
Quando você crescer
E cada vez é mais difícil de vencer
Pra quem nasceu pra perder
Pra quem não é importante...
É bem melhor
------------------------------
Ideologia
Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"..
Bom Dia \0/
O segredo da felicidade é aprender a não esperar nada de ninguém. Evite criar* grandes expectativas e deixe que os acontecimentos surpreendam você.
Preciso ,Desejo e quero Voltar!
Peço
desculpas, primeiramente, àqueles que por aqui passaram buscando algo
novo, algo com que se identificassem, um convite a alguma reflexão, ou
um conjunto de palavras unidas que formassem um texto que servisse de
mera distração e nada encontraram, passei alguns dias indisposta. Estive
sem "coragem" de escrever, talvez levada por tantos pensamentos,
emoções e excesso de informações.
"Amar é correr riscos sempre"
Confesso
que busquei um "tema", um pretexto para escrever e expressar-me, mas
foi difícil encontrar o que de dentro de mim está em tempo de ser
partilhado, o que pode ser colhido por estar maduro, como uma árvore que
nos oferece do banquete de seus frutos quando em tempo de colheita. O
que posso "oferecer-vos" hoje - nesta colheita - é a verdade do fruto de
minha árvore: minha reflexão sobre amar.
Desde
ontem venho pensando, de forma muito intensa, no quanto não tenho
gastado tempo com o que me é precioso, lembrei-me logo de Antoine de
Saint-Exulpery (autor de "O Pequeno Príncipe"), que nesta mesma obra
trata com sabedoria e amor do sobre o que é cativar, do processo, da
espera, do "cultivo", suas belezas e conseqüências. Lembrava-me ainda,
de um sábio sacerdote, que em certa pregação citou a abelha que detém-se
em produzir o mel mesmo podendo voar, mesmo podendo desfrutar de
paisagens, da livre sensação de pelo ar "passear" ela faz a opção de
gastar seu tempo de flor em flor, de se demorar para produzir a partir
dali o doce mel - não por ter consciência - mas por instintivamente
perceber na demora de cada flor, e na produção do mel a sacralidade de
sua vida, aquilo para o qual verdadeiramente existe.
Reflito,
no quão pouco tenho me demorado na sacralidade da minha vida, em como
tenho voado sem rumo, deixando a vida passar e perdido a verdadeira
razão para existir! Preciso, voltar... Não posso ter o jardim inteiro,
mas tenho as flores do meu hoje, de minhas opções, de meus amores, de
meus tesouros, as flores que requerem de mim a dedicação em cuidar e
abdicação do vôo lícito mas não-sacro. Se gastar tempo faz ser sagrado,
logo se não gasto tempo permito que seja profano o que outrora foi
sagrado, permito que se perca em meio ao que é supérfluo, permito que
tenha valor de nada aquilo que muito vale!
A
vida sem a experiência do amor é vazia, é desencontrada, é profana,
está fora da "atmosfera do que é sagrado", diz o sacerdote. Não quero
viver assim, sem motivos de SER e VIVER! Reconheço em mim a essência do
Amor, essência do mel de amar, via única, perfeita e certa para o
próprio Amor.
Não cabem mais palavras, mas cabe o desejo de correr o risco de me demorar!
sábado, 4 de fevereiro de 2012
A intensidade de viver
Falar
sobre a intensidade de viver é conseqüência da vida vivida com
intensidade. E o que é viver com intensidade senão reconhecer o valor
elevadíssimo e conseqüente, fruto, das experiências todas de todos os
dias? Busco viver assim, com intensidade. Se consigo? Na maioria das
vezes não, mas desejo. Faz parte de "meus reconhecimentos" assumir que é
trabalhoso reconhecer o valor de uma decepção, de uma frustração, de
momentos difíceis e por inúmeras ocasiões me vi refletindo sobre este
assunto. É complicado para mim, talvez por minhas distrações e
dificuldades em traçar uma rota e segui-la com rigor. Um dia desses ouvi
uma frase interessante, é quase assim: "Um rio não segue um curso reto
até o mar e para seguirmos o trajeto do rio, é preciso 'fazer' com ele
suas voltas, para assim acompanhar o desembocar do rio no mar", talvez
essas minhas "voltas" - disfarçadas de distração - sejam o "acompanhar
natural do curso deste rio da vida" que sempre desemboca no mar, e
realmente acredito que "as águas de minha vida" tornar-se-ão um dia uma
só água. Assim espero e por este "momento" anseio profundamente.
Me impressiono com facilidade ante
os acontecimentos da vida: aqueles muito simples, de forma bastante
especial, e que tendem a passar sem serem JUSTAMENTE valorizados. Falo
de um simples "bom dia" recebido numa manhã nublada, de um sorriso suave
e verdadeiro ou de um e-mail (neste tempo de tanta tecnologia)
convidativo a uma reflexão ou simplesmente portador de uma saudação
singela mas que faz toda a diferença num desses dias "sem graça" aos
nossos olhos tão cheios e facilmente convencidos de e por
superficialidades. Será que alguém pode dizer-se imune do efeito
maravilhoso de um destes momentos cheios da doçura singular que trazem
aos corações humanos a verdadeira graça de ser humano? Eu não posso.
Acredito
na identificação das pessoas com o amor e com a busca natural de todo e
qualquer homem pela felicidade. Aliás, tenho em minha vida o amor como o
ponto maior da verdade de ser quem sou e a felicidade como a plena
vivência desta verdade. Penso com tristeza que muitos vivem enganados
por não viverem a intensidade de ser quem são, por não viverem de fato,
por não amarem. Muitos dizem sonhar com a felicidade, neste momento
sinto-me privilegiada por não apenas sonhá-la, mas por vivê-la. Pode
parecer presunçoso, mas ainda não consegui encontrar argumentos que
pudessem me contradizer e não achei quem o fizesse, embora reconheça a
imperfeição de minha feliz existência. A alegria difere da felicidade,
costumo dizer que a alegria é passageira, embora um sentimento
magnífico! A felicidade que vivo, que experimento, que tenho a cada novo
dia e instante a oportunidade de provar é fruto da árvore de uma
decisão séria, de uma opção por ser feliz. Alguém muito especial me
mostrou e ensinou-me com a vida, que "amar é uma decisão". Além desta
verdade que preciso aprender sempre, aprendo, provo e comprovo
constantemente que ser feliz é conseqüência desta decisão.
A
maior experiência de intensidade em viver verdadeiramente a vida e a
humanidade de ser quem sou é exprimida nesta opção livre por amar. Logo,
por ser feliz.
Abismo do medo
Parece que, quando fico muito tempo sem dar razão ao que se passa em mim
para que seja escrito, relatado e às vezes partilhado, me sinto meio
travada, aí fico como desta vez, por dias começando algo sem ser capaz
de concluir nada. Estes dias, tenho vivido assim, começando sem
conseguir continuar a descrição do tempo, do amor, da dor, da vida, da
alegria que passa e da felicidade que a cada dia se renova.
Pensava, ainda ontem, em recomeço, em opções... Tenho pensado em tantas coisas e conseguido parar e me demorar em tão poucas que esta minha escrita, corre sérios riscos de ser confusa, inacabada, mas não me importo! Determino-me a ir até onde os passos de minha mente puderem e chegar até onde me levarem. Talvez pareça lugar algum, talvez seja esta a forma para que eu mesma chegue a "algum lugar".
O que eu gostaria muito de pensar hoje, estando aqui, parada, é sobre certo lugar que encontrei. Este nome me veio à mente assim que me deparei na "estrada do meu eu" com um abismo. Ele se chama: "abismo do medo". Como das outras vezes, fui, como que levada por um pensamento que tinha nome, duas palavras: "abismo" e "medo". As situações do dia-a-dia requerem sempre opções, decisões que na maioria das vezes não podem ser adiadas, ignoradas, trarão novas trilhas, novas rotas a serem seguidas e outras decisões a serem tomadas.
Sempre me achei corajosa, sempre me enganei e o “engraçado” é que tenho me descoberto tão pequena, tão frágil, tão temerosa em dar passos, em aderir ao desejo do meu coração que, ultrapassa os limites da minha competência, de minhas capacidades, que foge ao meu controle e, muitas vezes à minha compreensão! É nestas circunstâncias, olhando para mim, tão pequena como sou, que me vi neste abismo, mas não quero ficar aqui, não mais! Hoje sei que era aqui, neste abismo, o lugar onde me vi por muitas vezes, mas estava tão enganada sobre quem eu sou que não fui capaz de identificar o caminho das minhas vontades que me levavam a este lugar, o caminho que parecia sempre ser o mais belo e seguro e que percebo, que, na verdade, não passa da fuga daquilo que sou e que fui criada para ser e viver! Estava tão enganada sobre quem eu sou que não fui capaz de reconhecer e saber o nome deste lugar, de notar que é fundo e que me levaria a um falso centro, à mim mesma. Não quero permanecer aqui, presa neste abismo, à mercê daquilo que quero hoje e que provavelmente não irei querer amanhã, por que a inconstância da minha humanidade é tão grande e me convence por vezes a abandonar a constância da alma que deseja apenas o que é realmente importante, que se prende ao essencial, ao que é Bom.
Não quero estar presa às quedas no abismo do medo, mas lançar vôos de coragem, renúncia e disposição, livre dos meus medos e compreensões, ao céu que está em todos os lugares já vistos e ainda não conhecidos do fascinante mundo de mim.
Sigo assim, nas contínuas e maravilhosas descobertas de quem sou: meu eu em fase de descobertas...
Pensava, ainda ontem, em recomeço, em opções... Tenho pensado em tantas coisas e conseguido parar e me demorar em tão poucas que esta minha escrita, corre sérios riscos de ser confusa, inacabada, mas não me importo! Determino-me a ir até onde os passos de minha mente puderem e chegar até onde me levarem. Talvez pareça lugar algum, talvez seja esta a forma para que eu mesma chegue a "algum lugar".
O que eu gostaria muito de pensar hoje, estando aqui, parada, é sobre certo lugar que encontrei. Este nome me veio à mente assim que me deparei na "estrada do meu eu" com um abismo. Ele se chama: "abismo do medo". Como das outras vezes, fui, como que levada por um pensamento que tinha nome, duas palavras: "abismo" e "medo". As situações do dia-a-dia requerem sempre opções, decisões que na maioria das vezes não podem ser adiadas, ignoradas, trarão novas trilhas, novas rotas a serem seguidas e outras decisões a serem tomadas.
Sempre me achei corajosa, sempre me enganei e o “engraçado” é que tenho me descoberto tão pequena, tão frágil, tão temerosa em dar passos, em aderir ao desejo do meu coração que, ultrapassa os limites da minha competência, de minhas capacidades, que foge ao meu controle e, muitas vezes à minha compreensão! É nestas circunstâncias, olhando para mim, tão pequena como sou, que me vi neste abismo, mas não quero ficar aqui, não mais! Hoje sei que era aqui, neste abismo, o lugar onde me vi por muitas vezes, mas estava tão enganada sobre quem eu sou que não fui capaz de identificar o caminho das minhas vontades que me levavam a este lugar, o caminho que parecia sempre ser o mais belo e seguro e que percebo, que, na verdade, não passa da fuga daquilo que sou e que fui criada para ser e viver! Estava tão enganada sobre quem eu sou que não fui capaz de reconhecer e saber o nome deste lugar, de notar que é fundo e que me levaria a um falso centro, à mim mesma. Não quero permanecer aqui, presa neste abismo, à mercê daquilo que quero hoje e que provavelmente não irei querer amanhã, por que a inconstância da minha humanidade é tão grande e me convence por vezes a abandonar a constância da alma que deseja apenas o que é realmente importante, que se prende ao essencial, ao que é Bom.
Não quero estar presa às quedas no abismo do medo, mas lançar vôos de coragem, renúncia e disposição, livre dos meus medos e compreensões, ao céu que está em todos os lugares já vistos e ainda não conhecidos do fascinante mundo de mim.
Sigo assim, nas contínuas e maravilhosas descobertas de quem sou: meu eu em fase de descobertas...
Estou com saudades
Saudades
de tanta coisa, de tanta gente, saudades do gosto da eternidade,
saudades do amor, saudades dos amados, saudades da tão querida
felicidade!
Saudade
de olhar nos olhos, de ter coragem de ser e amar, saudade do que é
bom, do que constrói, do que me faz ultrapassar meus limites e andar a
passos mais firmes... Saudades de olhar além mim, de ter coragem de ler
algumas palavras, muitas ou poucas, e deixar que elas me alcancem, sem
o receio de que vai doer, sem o pensamento de que, mais uma vez, vai
sangrar... Saudade de deixar o meu olhar ser encontrado por quem o
procura, de deixar que ao meu coração cheguem as vozes, saudade de
deixar, e ser capaz de, meu coração reconhecer a voz que fala, que
sussurra. Saudades eu tenho de tantas coisas... Saudades da decisão,
da renúncia, saudades do Amor...
Sem titulo ,mas cheio de verdades
Queria ter palavras belas que formassem lindos versos, melodias
envolventes que arrancassem suspiros... Queria ter a voz cheia de doçura
e o olhar de brilho incomparável, mas o que hoje tenho é o silêncio
tantas vezes cortante, a melodia que brota menor, triste... A voz rouca,
fraca. O olhar distante, vagando por rumos desconhecidos,
desacompanhado... A vida que anda por caminhos indesejados: que não seja
sem sentido, que não doa por doer, que ainda seja capaz de amar este
coração que em meu peito bate! Que passe! Mas que eu viva este tempo
agora... Que eu tenha coragem de vivê-lo... Que o sorriso sincero
retorne e tome meus lábios! Que o que é maior que eu e minha limitada
compreensão dê sentido à minha vida, às minhas lágrimas. Que o sorriso
sincero retorne e tome meus lábios e o louvor ao meu coração! Ainda que
doa, ainda que me rasgue, ainda que eu não queira, e tantas vezes não
tenho querido, tantas vezes não tenho escolhido. Que seja maior em mim o
que é maior que eu! Que rasgue o solo seco da minha vida as raízes da
alma fincadas no essencial...
Palavras, costumes e amor - Resignificando o cotidiano
Quero amar sem costumes sempre! Quero ser sempre surpreendida pela novidade do Amor e do amar. Gostaria de ser capaz de expressar de formas diferentes, caso não consiga palavras melhores e mais adequadas, não me fartarei em dizer um "eu te amo" cá e outro lá, aos meus amados, sempre que me for oportuno!
Quem sou ?:
Já não sei quem eu sou
Já não sei onde estou
Tudo estar confuso
Tudo estar calado,
O que ser?
O que fazer?
Onde me encontrar...
Estou perdido entre os versos
Entre os amores, paixões e dores...
Ah vida! Ah amor!
Que entendo e não entendo
Desato e não desato
Mastigo e não mastigo...
Ah! Vida de caminhos longos e curtos
De flores e espinhos
De fios tão delicados
Ah! Como ousarei saber o que é a vida
Se já não sei quem sou...
Preciso me encontrar só assim saberei
O que é a vida e quem eu sou.
Já não sei onde estou
Tudo estar confuso
Tudo estar calado,
O que ser?
O que fazer?
Onde me encontrar...
Estou perdido entre os versos
Entre os amores, paixões e dores...
Ah vida! Ah amor!
Que entendo e não entendo
Desato e não desato
Mastigo e não mastigo...
Ah! Vida de caminhos longos e curtos
De flores e espinhos
De fios tão delicados
Ah! Como ousarei saber o que é a vida
Se já não sei quem sou...
Preciso me encontrar só assim saberei
O que é a vida e quem eu sou.
Meus Pensamentos
Meus pensamentos, minha vida
são valores, tesouros que carregarei por toda a minha vida.
São palavras escritas em pergaminhos
São emoções cantadas pelos meus sentimentos
São dores transportadas ao meu silêncio...
Meus pensamentos não estão a mercê do impalpável são livres, eles podem voar, ir além
[...] Sobre a imensidão, medo lá estão eles expondo aquilo que deve ser escrito pelo meu coração.
Elo
Estava tão frio, o céu tão estrelado, noite tão calada. Bastou apenas eu olhar para o lado
E pensar em você. Sabe o que era engraçado, eu não estava sozinho, tinha alguém do meu lado, mais era como se eu estivesse sozinho, porque naquele momento eu queria era estar do teu lado. Porque o silêncio naquele momento se eu não estava sozinho? Como se a noite tivesse ensandecido, como se os pirilampos tivesse se apagados, Não sei. Eu não tinha palavras, alegria, tinha apenas uma coisa, uma sensação de estar perdido no caminho que você me ajudou a criar. Sabe onde me sinto agora em um inóspito pedaço de terreno baldio. Mais sabe eu aprendi algo, Que as melhores pessoas da nossa vida nos ajudam a criar caminhos, casas, jardins, mais um dia estaremos sozinho e se não tivemos a ousadia de cuidar, zelar por aquilo que foi criado por um elo de toda a criação pode ser destruído pelo insuprível hiato da saudade.
E pensar em você. Sabe o que era engraçado, eu não estava sozinho, tinha alguém do meu lado, mais era como se eu estivesse sozinho, porque naquele momento eu queria era estar do teu lado. Porque o silêncio naquele momento se eu não estava sozinho? Como se a noite tivesse ensandecido, como se os pirilampos tivesse se apagados, Não sei. Eu não tinha palavras, alegria, tinha apenas uma coisa, uma sensação de estar perdido no caminho que você me ajudou a criar. Sabe onde me sinto agora em um inóspito pedaço de terreno baldio. Mais sabe eu aprendi algo, Que as melhores pessoas da nossa vida nos ajudam a criar caminhos, casas, jardins, mais um dia estaremos sozinho e se não tivemos a ousadia de cuidar, zelar por aquilo que foi criado por um elo de toda a criação pode ser destruído pelo insuprível hiato da saudade.
Versos sem cores
São passos
São voltas
É meu presente
É você
Sou eu.
É uma mistura
De palavras
Sentimentos
Emoções...
Não consigo entender essa mistura
Essa besteira de pensar em você
Sem você pensar em mim.
Meus versos estão envelhecedo, perdendo a voz, o brilho o encanto...
Estou doente com uma dor em seu coração
Onde só você minha inspiração pode curar e trazer de volta
As cores dos meus versos de amor.
São voltas
É meu presente
É você
Sou eu.
É uma mistura
De palavras
Sentimentos
Emoções...
Não consigo entender essa mistura
Essa besteira de pensar em você
Sem você pensar em mim.
Meus versos estão envelhecedo, perdendo a voz, o brilho o encanto...
Estou doente com uma dor em seu coração
Onde só você minha inspiração pode curar e trazer de volta
As cores dos meus versos de amor.
Você ainda é o meu sonho
Li o manual do teu coração
Pra aprender a melodiar as
Delirantes notas do instrumento
Sem corda do teu coração.
Pintei,
Aquele muro de vermelho
Pra chamar sua atenção
Até aprendi a tocar violão
Pra cantar a tua canção.
Comprei um pequeno caderno
Pra tentar escrever pequenos versos
E soltar – los no canteiro da tua paixão
Pra depois colher teus beijos
Pinotear encima do muro vermelho,
Cantar... Tocar com as mais
Belas notas, sentar no muro, olhar o luar
Fecha os olhos agarrar a esperança
E voltar a sonhar com você.
Pra aprender a melodiar as
Delirantes notas do instrumento
Sem corda do teu coração.
Pintei,
Aquele muro de vermelho
Pra chamar sua atenção
Até aprendi a tocar violão
Pra cantar a tua canção.
Comprei um pequeno caderno
Pra tentar escrever pequenos versos
E soltar – los no canteiro da tua paixão
Pra depois colher teus beijos
Pinotear encima do muro vermelho,
Cantar... Tocar com as mais
Belas notas, sentar no muro, olhar o luar
Fecha os olhos agarrar a esperança
E voltar a sonhar com você.
A vida é o que?
Perceber e não entender
Olhar e não chorar
Querer ser e não ser
Sentir e não tocar
Mensurar e não ter...
A vida é o que?
Quando eu quero e
Não tenho, quando tenho e não quero
É uma vida a vida que vivo
Ou uma mesmice?
Sentir - se um corvo a voar
Um nada a nadar
Há momentos assim
Que não sei, não sei, não sei
Que ter o ter não é tudo pra ser feliz
Ah! Droga! Me perdi nessa poema
Só me resta dar um fim questionando
A vida é o que?
Eu você ou nós?
Mãos ocupadas
Pés que correm sem parar
Um pensamento que pensa e pensa em mim
Um sonho
Uma lagrima
Uma dor
Para mim de mim mesmo.
E você?
Onde está você em mim?
Onde estou eu em você?
Estou preso na força
Cativo do amor do eu
E você?
Você não é nada pra mim?
Eu não sou nada pra você?
Até onde vou sem você?
Até onde você vai sem mim?
Não precisamos nos escutar
Gritarmos, gemermos pela alma um do outro?
Quem precisa viver o desafio de amar,
Eu, você ou nós?
Sonhos Meus
Superar
Entender
Crer que te perdir
Doí nos mais profundos versos do meu coração.
Carregar uma dor numa ponte que balança pra lá e pra cá
Sentido que as cordas podem dessamarar
A qualquer momento e que posso cair
É perder todas as chances de te ver de novo
suicidar os meus poemas de amor
Desenhar a mais bela flor
E deixar – la ser levada pelo mar
É arrancar de mim as cores do teu olhar
E sentir – me no ermo.
deixar os sonhos
correr e esconder - me?
Não!! Isso não...
Vou correr e correr
Chegar no nosso jardim
Pegar uma espátula
abrir o livro do teu coração
ler os teus caminhos e canções
e depois dormir com a esperança
de tê - la mais uma vez
e sonhar com voce...
Entender
Crer que te perdir
Doí nos mais profundos versos do meu coração.
Carregar uma dor numa ponte que balança pra lá e pra cá
Sentido que as cordas podem dessamarar
A qualquer momento e que posso cair
É perder todas as chances de te ver de novo
suicidar os meus poemas de amor
Desenhar a mais bela flor
E deixar – la ser levada pelo mar
É arrancar de mim as cores do teu olhar
E sentir – me no ermo.
deixar os sonhos
correr e esconder - me?
Não!! Isso não...
Vou correr e correr
Chegar no nosso jardim
Pegar uma espátula
abrir o livro do teu coração
ler os teus caminhos e canções
e depois dormir com a esperança
de tê - la mais uma vez
e sonhar com voce...
Pequena inocência
Abraços curtos
Sorrisos intensos
Olhares melosos
Uma vida,
Um encontro
Um momento um sonho...
Portões fechados
Crianças marcadas
Histórias lancinadas
Desenhos malogrados
Assim são os muros do lado
As calçadas da esquina
Porque estar aqui
Precisa ser assim?
São apenas crianças
Que têm asas e sabem voar
Pra onde só elas podem nos levar,
Ao límpido da inocência humana.
Sorrisos intensos
Olhares melosos
Uma vida,
Um encontro
Um momento um sonho...
Portões fechados
Crianças marcadas
Histórias lancinadas
Desenhos malogrados
Assim são os muros do lado
As calçadas da esquina
Porque estar aqui
Precisa ser assim?
São apenas crianças
Que têm asas e sabem voar
Pra onde só elas podem nos levar,
Ao límpido da inocência humana.
Do outro lado da porta
Do outro lado daquela porta estar o velho horizonte
Os versos que preciso haurir flexibilizar
Os versos que preciso haurir flexibilizar
Pois fazem parte de mim.
Por isso quero abrir a porta,
Externar o vento que corre sobre as paredes
Agarrar com força o quadro que sobre a mesa estar
Desvencilhar junto ao som gravado nos meus pensamentos
Toda a lembrança, atos vividos um dia pra que eu possa sair, Fecha a porta e ver que o sol nunca deixou de brilhar.
Por isso quero abrir a porta,
Externar o vento que corre sobre as paredes
Agarrar com força o quadro que sobre a mesa estar
Desvencilhar junto ao som gravado nos meus pensamentos
Toda a lembrança, atos vividos um dia pra que eu possa sair, Fecha a porta e ver que o sol nunca deixou de brilhar.
E falando da vida...
Ouço
tantas pessoas reclamado da vida? A vida é uma merda, droga e assim e
assim e assim... Mais porque fala isso da vida! A pobre não tem culpa de
nada!
Primeiro ela não nos induz a errar ou a derrubar a ponte que nos levará a felicidade. Sabe qual é o negócio? Nós tornamos a pintura, a dança, teatro que é a vida em uma trouxa de roupa velha, uma mesmice de histórias repetidas e sem graça.Vamos deixar de colocar a culpa da desgraça infeliz das nossas merdas na vida e reconhecer que a mal costura do nosso tecido estar na falta de aperfeiçoamento pra viver uma vida feliz.
Só assim vamos deixar de falar coisa com coisa e vamos aprender a mimar a vida pra rimar com o tempo...
Primeiro ela não nos induz a errar ou a derrubar a ponte que nos levará a felicidade. Sabe qual é o negócio? Nós tornamos a pintura, a dança, teatro que é a vida em uma trouxa de roupa velha, uma mesmice de histórias repetidas e sem graça.Vamos deixar de colocar a culpa da desgraça infeliz das nossas merdas na vida e reconhecer que a mal costura do nosso tecido estar na falta de aperfeiçoamento pra viver uma vida feliz.
Só assim vamos deixar de falar coisa com coisa e vamos aprender a mimar a vida pra rimar com o tempo...
A vida me ensinou ....
A dizer adeus as pessoas que amo sem tira-las do meu coracao..
Sorrir as pessoas que nao gostam de mim para mostra-las que sou diferente do que elas pensam..
Fazer de conta que tudo esta bem quando isso nao é verdade para eu acreditar que tudo vai mudar…
Calar-me para ouvir…
Aprender com meus erros..afinal eu posso ser sempre melhor..
A lutar contra as injusticas..
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores pro mundo..
A ser forte quando os que amo estao com problemas..
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho…
ouvir a todos que so precisam desabafar…
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim deposito de suas frustracaoes de desafetos…
Perdoar incondicionalmente,pois ja precisei desse perdao..
Amar incondicionalmente,pois tbem preciso desse amor..
A alegrar a quem precisa..
A perdir perdao…
A sonhar acordada…
A acordar pra realidade(sempre que fosse necessario)
A aproveitar cada instante de felicidade…
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar..
Me ensinou a ter olhos pra “ver e ouvir estrelas”,embora nem sempre consiga entende-las…
A ver o encanto do por do sol…
A sentir a dor do adeus que se acaba,sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser..
A abrir minhas janelas para o amor…
A nao temer o futuro..
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente,como um presente que da vida recebi,e usa-lo como um diamante que eu mesmo tenho que lapidar,lhe dando forma da maneira que eu escolher…
Inércia
Canvas era a música que me acompanhava por aquele caminho.
Liguei o som a um volume agradável; dirigia solitariamente sob uma lua
parcialmente encoberta pelas névoas que esbranquiçavam as coníferas que
circundavam aquele caminho.
Deixei-me levar
pelo som, podia eu até distinguir os acordes diferentes, a harmonia da
sintonia, as vibrações inteligentes que beneficiavam minha existência;
minha alma insistia em acompanhar o ritmo envolvente do conjunto de
notas que compassavam a música perfeita. Era como um drogado se
satisfazendo do seu mais repugnante ópio. O êxtase momentâneo me tomara,
meus olhos adormeceram.
Por um momento, um
ensurdecedor estampido ivadira meus ouvidos, senti uma fincada bruta que
atravessara meu cérebro, meus sentidos desapareceram, senti uma inércia
vinda de meu corpo. Uma força me obrigara a permanecer imóvel, um
líquido quente e estranho entrava em contato com minha pele
sensibilizada pelo choque que me delirara. Permaneci conforme meu todo
implorava.
A luz cortante do sol quebrara a
escuridão dos meus olhos. Senti uma força maior me puxando, minhas
vistas não deixavam-me ver nada mais que borrões coloridos e frenéticos
que me rodeavam e balbuciavam palavras longe da capacidade de minha
mente trabalhar o significado.
Só sei que nada
sei. Foram sucessões de acontecimentos ilegíveis, pude ver as árvores
aparecendo e desaparecendo de forma rápida por entre... as janelas de um
carro em movimento? Sim, fora uma das únicas coisas que distingui. Era
um tipo de carro grande, que se movia em alta velocidade, seu interior
era reconfortante, inexplicavelmente diminuía a dor cortante que
atravessara minha cabeça, devido a estranha forma imobilizada que meu
corpo permanecia.
O clarão deixara meus
olhos, um entorpecimento se acomodara em meu ser. Senti impulsos
descontrolados e uma energia estranha vinda de um choque profundo no
lado esquerdo de meu peito. Era um lugar estranho, onde vultos brancos
se movimentavam freneticamente; por um momento pensei estar sonhando com
anjos, mas minha avó sempre me dizia que em sonhos não sentimos dor, o
nosso psicológico cria situações em que temos medo de enfrentar.
O
pouco que meus olhos abriram, permitiu com que me deparasse com uma
alta janela que servia de palco para o espetáculo incrível dos cristais
de gelo das coníferas sendo derretidos pelos raios solares; e
transformados em pequenas gotículas de água que chuviscavam os pássaros
que por ali sobrevoavam.
Um zumbido indefinido
invadira meus ouvidos, o meu eu tornara-se novamente inerte, o ar que
percorria meus pulmões fora extraviado, uma retenção por entre minhas
vias me tomara, uma dor na extremidade esquerda de meu peito corroia-me
de tal forma que nunca dantes sentira em toda minha vida. Minha alma
desfalecia, meu corpo fora despojado de calor, mas não sentia frio,
todos os sentidos adormeceram, as luzes desapareciam gradativamente.
Não, eu queria continuar a olhar aquelas árvores, aquele espetáculo da
natureza que me privilegiava, mas cada imagem se esvanecia, não podia
relutar, não era fraqueza, era uma inércia que me confrontava, já não
sentia mais dor, nem qualquer tipo de sentimento.
Meus olhos tornaram-se em trevas.
FLUIDOS
Ele sempre gostara de escrever. Seus pulmões inspiravam palavras e expiravam frases.
Às vezes, deitado sobre o sofá, de pernas para o alto e olhos fechados, curtindo o ócio que uma vez por semana a vida lhe concedia, um fluxo de ideias lhe sobrevinha. Abria os olhos, sentia aquela vibe de criatividade momentânea surgindo. Sua mente adorava maquinar ideias, era como uma engrenagem movida a óleo, onde seus movimentos deslizam facilmente e não param até que seu operador determine.
Ia em direção a sua máquina de escrever, na qual fazia companhia ao lado de alguns papeis amassados, outros com frases pela metade ou rasgados pelo meio. Ali, ele deixava os dizeres fluirem através daquele papel em branco. Nem o tilintar das teclas quebravam o êxtase da criatividade, ora, textos inteiros surgiam perfeitos, sem ao menos exigir o máximo da mente daquele que os escrevia.
Mas às vezes um vácuo o tomava, felizes são aqueles que o vácuo nunca os pegou de surpresa ao final de um parágrafo. Ele parava, tomava um gole do café amargo, para espantar o sono que insistia em sua incoveniencia, tragava um cigarro - sempre havia um pousado sobre o cinzeiro - e soltava uma longa fumaça que formava uma cortina que movia-se lentamente em direção a janela que mantinha uma fresta, destinada aos raios de sol que iluminavam o ambiente. Onde fora parar o fluxo de ideias? Ora, tudo que começa tem um fim; e pensava novamente, quando de repente uma palavra pairava no ar, dessa palavra, nascia outra que se enlaçava a primeira; disso saia uma frase, dessa frase um parágrafo, uma história, um meio, um desfecho, um lindo final, um estranho final, um quastionável final.
Terminava, arracancava a folha da máquina, lia-o com cuidado, como um pai que observa seu filho recém nascido. Voltava a seu ócio, missão cumprida, longe da angústia derradeira daquele que sofre por não deixar transbordar suas ideias no papel.
Às vezes, deitado sobre o sofá, de pernas para o alto e olhos fechados, curtindo o ócio que uma vez por semana a vida lhe concedia, um fluxo de ideias lhe sobrevinha. Abria os olhos, sentia aquela vibe de criatividade momentânea surgindo. Sua mente adorava maquinar ideias, era como uma engrenagem movida a óleo, onde seus movimentos deslizam facilmente e não param até que seu operador determine.
Ia em direção a sua máquina de escrever, na qual fazia companhia ao lado de alguns papeis amassados, outros com frases pela metade ou rasgados pelo meio. Ali, ele deixava os dizeres fluirem através daquele papel em branco. Nem o tilintar das teclas quebravam o êxtase da criatividade, ora, textos inteiros surgiam perfeitos, sem ao menos exigir o máximo da mente daquele que os escrevia.
Mas às vezes um vácuo o tomava, felizes são aqueles que o vácuo nunca os pegou de surpresa ao final de um parágrafo. Ele parava, tomava um gole do café amargo, para espantar o sono que insistia em sua incoveniencia, tragava um cigarro - sempre havia um pousado sobre o cinzeiro - e soltava uma longa fumaça que formava uma cortina que movia-se lentamente em direção a janela que mantinha uma fresta, destinada aos raios de sol que iluminavam o ambiente. Onde fora parar o fluxo de ideias? Ora, tudo que começa tem um fim; e pensava novamente, quando de repente uma palavra pairava no ar, dessa palavra, nascia outra que se enlaçava a primeira; disso saia uma frase, dessa frase um parágrafo, uma história, um meio, um desfecho, um lindo final, um estranho final, um quastionável final.
Terminava, arracancava a folha da máquina, lia-o com cuidado, como um pai que observa seu filho recém nascido. Voltava a seu ócio, missão cumprida, longe da angústia derradeira daquele que sofre por não deixar transbordar suas ideias no papel.
Minha escuridão
para ser presa atrás das grades
de minhas próprias loucuras.
de minhas próprias loucuras.
Romperei as fronteiras do meu submundo
para invadir a minha escuridão.
Mergulharei em minhas lágrimas amargas
e levarei a alma dele intercalada junto a minha.
Sentirei o mórbido acalanto,
a brisa fria,
a brisa fria,
a delicadeza da pele.
Jogarei ao mar as gotas de sangue
que lacrimejam meus olhos
assim como aquele que chora em silêncio.
assim como aquele que chora em silêncio.
Despertarei meus piores medos contra mim
em meio aos ventos que uivam contra a coragem
que morre no meu eu interior.
Transformarei minhas dores em colinas e dunas no deserto
de minhas miragens.
de minhas miragens.
As amarras do ódio me tomarão de punhos cerrados
fazendo-me debater contra minha própria violência.
A noite será mais escura e o dia será treva.
Acima daquelas nuvens turvas
sempre terá um céu escuro.
A minha escuridão.
Notas de um fugitivo
É
de vestes pretas, uma bolsa a tiracolo, um caderno velho em mãos e uma
garrafa de chá verde bem quente, que eu me encontro sentado na última
poltrona do quinto vagão do trem que daqui a alguns minutos partirá para
o porto.
O tempo está gélido e parado; o frio cortante esfria até as vísceras de quem está do lado de fora. Creio que a sensação térmica está de uns -3ºC; há muito que eu não via nevar assim em Berlim. As calçadas das ruas mais movimentadas do país estão brancas e escorregadias, o comércio local permaneceu dois dias parados devido à falta de clientes. A maioria das pessoas não sai de casa e não é por causa da neve.
Chegando no porto embarcarei no primeiro navio com destino as Américas. Aqui, na Alemanha, nascidos judeus, como eu, não têm lugar ao sol. Tive medo do que poderia acontecer, não queria fazer parte daquele bando que grita desesperadamente lá fora. Eu tinha medo de ter que viver uma vida, se é que pode se chamar assim, nos trapos, implorando por um prato de comida ao primeiro que passa ou brigar por algumas migalhas de pão jogadas pelos soldados. Nunca me acostumarei a isso, fui criado numa casa grande com escadarias e três refeições ao dia; acho que morreria se passasse meia hora naquela situação desafortunada.
Herdei algumas pequenas fortunas de meus pais, isso pagou minha viagem e um esconderijo seguro contra as bombas que coloriram o céu nas noites anteriores. As pessoas estão desesperadas atrás de uma mísera moeda, tudo está sendo cobrado, até um lugar sujo no porão. E se quiser sobreviver ao dia seguinte, tem que pagar.
Muitas pessoas estão embarcando, a maioria deles judeus bem-sucedidos ou alemães que são contra o regime hitlerista implementado. Está uma balburdia de vozes alteradas, parece que os lugares estão se esgotando e muitos ficarão para fora. Pobres pessoas enganadas! A companhia capitalista vende mais passagens do que a quantidade de lugares disponíveis; porcos alemães, enganar pessoas que apostaram as suas últimas economias para fugir desse inferno.
Bem em frente a minha janela há um casal com dois filhos. Não menino, não me olhe com essa cara; não posso ceder meu lugar a vocês. Fechei a janela para não ver aquelas duas crianças com seus pais, seus olhinhos piedosos ainda me fitam pela fresta da cortina. Ocupei duas poltronas, uma para mim e outra para minhas malas; estava começando a me sentir desconfortável, ora, era uma família pobre, bem se via. Mas o que eu tenho a ver com isso? Eu também paguei por esse lugar, por esse mísero lugar na segunda classe.
Continuo escrevendo, a relatar os acontecimentos dessa Alemanha de 1936, tentando ignorar que lá fora há um casal com duas crianças que aparentemente não vêem um bom prato de comida há um bom tempo. Que exemplo irei dar aos meus filhos quando eles lerem essas minhas notas? Provavelmente pensarão que tiveram um pai covarde e coração de pedra.
Não tenho a certeza se é isso mesmo que devo fazer, mas já estou fazendo: ajuntando minhas duas malas e partindo corredor a fora.
É, o casal e as crianças já estão lá dentro, sentados em meu lugar e eu aqui fora, nesse frio cortante. Perdi meu dinheiro e meu navio para a América. Em compensação ganhei dois abraços acalorados daquelas duas crianças que me aqueceram até a alma. O casal nem soube como me agradecer, só faltaram se ajoelhar na minha frente. Deixei minha garrafa de chá verde sobre a poltrona, talvez eles precisassem de algo para se aquecer; pus ao lado um bilhetinho de boa sorte, nem sei se sabiam ler. Estou me sentindo melhor assim, odeio olhares piedosos pra cima de mim, pelo menos esse meu caderninho velho terá uma história boa pra contar.
Uma mala pendurada num braço, outra no outro, bolsa a tiracolo e caderninho em mãos. Andando pelas ruelas de Berlim e escrevendo como um louco. Um cachorro veio cheirar a sola do meu sapato e levei uma pedrada nos calcanhares, nem liguei para a identidade do engraçadinho; continuo andando e andando, sem destino.
Esse meu lar feito de asfalto e neve, com um teto branco e sem paredes. Ah, tem um banco logo ali na praça com uma camada espessa de gelo. As primeiras folhas das minhas anotações molharam ao pousar o caderno rapidamente para eu forrar o banco com um casaco. Se ao menos saísse um sol para secar... Acho que o tempo está de mal com todos.
Aqui estou eu, sentado sobre meu casaco que forra o banco molhado. Estou preenchendo as últimas linhas, acho que terminará em um tempo proporcional a minha vida, não sei se amanhã estarei aqui para começar outro caderno. Trato isso como ironia.
Posso ouvir ruídos distantes do marchar de tropas. A essa hora aquela família está a bordo do trem a caminho do porto; que eles sejam felizes. Tentarei ser aqui também. Uma tímida réstia de sol está refletindo bem em meus olhos, isso está diminuindo o frio que congelou a ponta do meu nariz; é o pouco que me resta.
Quem sabe amanhã o dia nasce mais feliz?
O tempo está gélido e parado; o frio cortante esfria até as vísceras de quem está do lado de fora. Creio que a sensação térmica está de uns -3ºC; há muito que eu não via nevar assim em Berlim. As calçadas das ruas mais movimentadas do país estão brancas e escorregadias, o comércio local permaneceu dois dias parados devido à falta de clientes. A maioria das pessoas não sai de casa e não é por causa da neve.
Chegando no porto embarcarei no primeiro navio com destino as Américas. Aqui, na Alemanha, nascidos judeus, como eu, não têm lugar ao sol. Tive medo do que poderia acontecer, não queria fazer parte daquele bando que grita desesperadamente lá fora. Eu tinha medo de ter que viver uma vida, se é que pode se chamar assim, nos trapos, implorando por um prato de comida ao primeiro que passa ou brigar por algumas migalhas de pão jogadas pelos soldados. Nunca me acostumarei a isso, fui criado numa casa grande com escadarias e três refeições ao dia; acho que morreria se passasse meia hora naquela situação desafortunada.
Herdei algumas pequenas fortunas de meus pais, isso pagou minha viagem e um esconderijo seguro contra as bombas que coloriram o céu nas noites anteriores. As pessoas estão desesperadas atrás de uma mísera moeda, tudo está sendo cobrado, até um lugar sujo no porão. E se quiser sobreviver ao dia seguinte, tem que pagar.
Muitas pessoas estão embarcando, a maioria deles judeus bem-sucedidos ou alemães que são contra o regime hitlerista implementado. Está uma balburdia de vozes alteradas, parece que os lugares estão se esgotando e muitos ficarão para fora. Pobres pessoas enganadas! A companhia capitalista vende mais passagens do que a quantidade de lugares disponíveis; porcos alemães, enganar pessoas que apostaram as suas últimas economias para fugir desse inferno.
Bem em frente a minha janela há um casal com dois filhos. Não menino, não me olhe com essa cara; não posso ceder meu lugar a vocês. Fechei a janela para não ver aquelas duas crianças com seus pais, seus olhinhos piedosos ainda me fitam pela fresta da cortina. Ocupei duas poltronas, uma para mim e outra para minhas malas; estava começando a me sentir desconfortável, ora, era uma família pobre, bem se via. Mas o que eu tenho a ver com isso? Eu também paguei por esse lugar, por esse mísero lugar na segunda classe.
Continuo escrevendo, a relatar os acontecimentos dessa Alemanha de 1936, tentando ignorar que lá fora há um casal com duas crianças que aparentemente não vêem um bom prato de comida há um bom tempo. Que exemplo irei dar aos meus filhos quando eles lerem essas minhas notas? Provavelmente pensarão que tiveram um pai covarde e coração de pedra.
Não tenho a certeza se é isso mesmo que devo fazer, mas já estou fazendo: ajuntando minhas duas malas e partindo corredor a fora.
É, o casal e as crianças já estão lá dentro, sentados em meu lugar e eu aqui fora, nesse frio cortante. Perdi meu dinheiro e meu navio para a América. Em compensação ganhei dois abraços acalorados daquelas duas crianças que me aqueceram até a alma. O casal nem soube como me agradecer, só faltaram se ajoelhar na minha frente. Deixei minha garrafa de chá verde sobre a poltrona, talvez eles precisassem de algo para se aquecer; pus ao lado um bilhetinho de boa sorte, nem sei se sabiam ler. Estou me sentindo melhor assim, odeio olhares piedosos pra cima de mim, pelo menos esse meu caderninho velho terá uma história boa pra contar.
Uma mala pendurada num braço, outra no outro, bolsa a tiracolo e caderninho em mãos. Andando pelas ruelas de Berlim e escrevendo como um louco. Um cachorro veio cheirar a sola do meu sapato e levei uma pedrada nos calcanhares, nem liguei para a identidade do engraçadinho; continuo andando e andando, sem destino.
Esse meu lar feito de asfalto e neve, com um teto branco e sem paredes. Ah, tem um banco logo ali na praça com uma camada espessa de gelo. As primeiras folhas das minhas anotações molharam ao pousar o caderno rapidamente para eu forrar o banco com um casaco. Se ao menos saísse um sol para secar... Acho que o tempo está de mal com todos.
Aqui estou eu, sentado sobre meu casaco que forra o banco molhado. Estou preenchendo as últimas linhas, acho que terminará em um tempo proporcional a minha vida, não sei se amanhã estarei aqui para começar outro caderno. Trato isso como ironia.
Posso ouvir ruídos distantes do marchar de tropas. A essa hora aquela família está a bordo do trem a caminho do porto; que eles sejam felizes. Tentarei ser aqui também. Uma tímida réstia de sol está refletindo bem em meus olhos, isso está diminuindo o frio que congelou a ponta do meu nariz; é o pouco que me resta.
Quem sabe amanhã o dia nasce mais feliz?
Leitura de ferias
Da minha lista de 10 estratégias para se ter férias não tediosas, cumpri
três, dentre elas ler todos os livros que eu não pude ler durante o
período de aulas; então agora posso dizer o que achei de cada um deles e
apontá-los como dica para as suas próximas leituras.
O Ladrão de Raios, da série Percy Jackson, foi o livro que abriu minha temporada de férias. E tudo o que tenho a dizer sobre esta obra, é que simplesmente adorei. É aquele tipo de livro que nos prende com facilidade, com uma linguagem mais próxima do simples e uma boa dose de aventura.
Como toda literatura que pende para o lado da fantasia, não tem como não se apaixonar. Esse é meu estilo literário favorito; é o que mais chama a atenção para o imaginário, daí você fica pensando: nossa, imagina tudo isso no filme!
Como toda boa série, tem uma continuação. Pretendo com certeza ler os outros três livros. Esse primeiro volume me deixou com um gostinho de quero mais; se não fosse os segredos a serem revelados, diria que poderia terminar nesse volume; e o mais legal de tudo é que é difícil, quase impossível, dizer que tal capítulo foi monótono, pois cada um deles guarda um acontecimento de tirar o fôlego.
Sempre tive a curiosidade de ler A Menina Que Roubava Livros, desde que o vi na lista dos mais vendidos da revista Veja. De uma escala de 0 a 10, eu daria nota 8,5. Explico: O início do livro é, confesso, chatinho; conta toda a tragetória de Lisel, a personagem principal e todo seu sofrimento durante a Alemanha nazista.
A história começa a alavancar depois de 100 páginas lidas, mais precisamente depois que Max Vandenburg adentra aos acontecimentos.
Algumas frases contém palavras de origem alemã (Saumensch), nas quais travam a leitura de quem a faz; o que é bem comum em livros que tratam de fatos relevantes de países diferentes do nosso.
É uma obra linda, emocionante, mais voltada para o drama. Embora seus lados negativos, eu gostei do livro e não me arrependo de tê-lo lido e super recomendo a todos que adoram conhecer o passado de nações estrangeiras sem precisar recorrer ao livro didático.
O Caçador de Pipas eu comprei por apego ao título. Bom, por vias de fato a primeira impressão que tive é que era uma historinha boba de garotos que empinavam pipas. Mas nunca julgue um livro pelo título.
Muito pelo contrário do que eu pensava, o enredo traz a história de dois garotos selados por uma grande amizade e por um grande segredo.
Por essa obra pude conhecer um pouco da cultura afegã e o poder das classes socias. Num país marcado pela guerra e dominado pelo Talibã, podemos acompanhar a trajetória da vida de Hassan e Amir, dois garotos diferentes por suas classes, mas não por seus genes.
Como toda história que envolve amizade, há muitos pontos previsíveis, mas nada que afete seu status de best-seller.
Uma leitura que nos aborda para pensar se nossas amizades realmente são verdadeiras ou se guardamos um caráter covarde capaz de abdicar um amigo pelos nossos próprios medos.
Você já deve, ou não, ter ouvido falar na série de canal fechado Gossip Girl, originada a partir dos 12 livros de Cecily Von Ziegezar.
Eu dei uma chance a série de livros e li o primeiro volume: Gossip Girl, as delícias da fofoca e tudo o que tenho a dizer é que simplesmente é melhor que a série; há pontos diferentes tanto nos personagens quanto na história.
É mais uma literatura adolescente, cheia de personagens problemáticos, ricos, da hight society e etc. etc.
Faz bastante sucesso nos Estados Unidos, é quase a vida do povoado teen daquele país. A série é cultuada por eles e nem vejo tanto motivo para isso; ou será porque as garotas se identificam com as histórias das garotas da Upper East Side? Bom, seja lá o que for, a única coisa que me prendeu a história, foi a curiosidade de descobrir a tal Gossip Girl, ou como diria a tradução para o português pobre: A Garota do Blog; e creio que terei de ler os 12 livros para descobrir, ou não.
Essa Gossip Girl não pode ser humana, ela detalha toda a vida dos personagens, coisas que só sendo invisível pra saber.
E que os blogs não virem modinha depois dessa história.
Acho os irmãos Baudelaire tão... lerdinhos; apesar disso é uma das minhas séries de livros preferidas.
Desventuras em Série, como o nome já diz, é uma série de treze livros, que conta a história de três irmãos órfãos, mais conhecidos como Baudelaire.
O primeiro volume, no qual foi o que tive a oportunidade de ler, teve adaptação para o cinema; difícil quem ainda não viu. O filme deixa a desejar, seria perfeito se tivesse sido dirigido por Tim Burton. A excentricidade dele faz falta em filmes do gênero.
É extranho ler o livro depois de ver o filme, o bom é que a indgnação pela falta de detalhes importantes é menos.
Recomendo a todos que gostam de acompanhar e sofrer com os personagens do início até o fim.
Fim Medonho, o primeiro livro da trilogia Eddie Dickens é totalmente estranho; e eu gosto disso. Quer uma história bizarra, aí está ela, leia a trilogia de Eddie Dickens.
Fica até difícil de explicar o enredo, porque para se ter uma ideia concreta da insanidade dos personagens, é só lendo.
Cheguei a ler parágrafos mais de uma vez para tentar entender se era aquilo mesmo que eu tinha lido; não é difícil ficar doido junto com os personagens.
Pobre Eddie Dickens, o protagonista da história.
Uma obra britânica, bem do jeito que eu gosto. Daria um filme interessante; outro prato cheio para Tim Burton. (Sim, eu sou fã do Burton)
A Cabana, outro best-seller do momento, é um livro especial.
Mackie, após a morte de sua filha, perde sua fé em Deus e após receber um bilhete misterioso, sua vida muda por completo.
Pensei que fosse um livro pra tentar converter adolescentes, muito pelo contrário; é uma história contada de uma forma simples, gostosa de se ler e feita especialmente pra quem tem fé.
Fica a Dica.
O Ladrão de Raios, da série Percy Jackson, foi o livro que abriu minha temporada de férias. E tudo o que tenho a dizer sobre esta obra, é que simplesmente adorei. É aquele tipo de livro que nos prende com facilidade, com uma linguagem mais próxima do simples e uma boa dose de aventura.
Como toda literatura que pende para o lado da fantasia, não tem como não se apaixonar. Esse é meu estilo literário favorito; é o que mais chama a atenção para o imaginário, daí você fica pensando: nossa, imagina tudo isso no filme!
Como toda boa série, tem uma continuação. Pretendo com certeza ler os outros três livros. Esse primeiro volume me deixou com um gostinho de quero mais; se não fosse os segredos a serem revelados, diria que poderia terminar nesse volume; e o mais legal de tudo é que é difícil, quase impossível, dizer que tal capítulo foi monótono, pois cada um deles guarda um acontecimento de tirar o fôlego.
Sempre tive a curiosidade de ler A Menina Que Roubava Livros, desde que o vi na lista dos mais vendidos da revista Veja. De uma escala de 0 a 10, eu daria nota 8,5. Explico: O início do livro é, confesso, chatinho; conta toda a tragetória de Lisel, a personagem principal e todo seu sofrimento durante a Alemanha nazista.
A história começa a alavancar depois de 100 páginas lidas, mais precisamente depois que Max Vandenburg adentra aos acontecimentos.
Algumas frases contém palavras de origem alemã (Saumensch), nas quais travam a leitura de quem a faz; o que é bem comum em livros que tratam de fatos relevantes de países diferentes do nosso.
É uma obra linda, emocionante, mais voltada para o drama. Embora seus lados negativos, eu gostei do livro e não me arrependo de tê-lo lido e super recomendo a todos que adoram conhecer o passado de nações estrangeiras sem precisar recorrer ao livro didático.
O Caçador de Pipas eu comprei por apego ao título. Bom, por vias de fato a primeira impressão que tive é que era uma historinha boba de garotos que empinavam pipas. Mas nunca julgue um livro pelo título.
Muito pelo contrário do que eu pensava, o enredo traz a história de dois garotos selados por uma grande amizade e por um grande segredo.
Por essa obra pude conhecer um pouco da cultura afegã e o poder das classes socias. Num país marcado pela guerra e dominado pelo Talibã, podemos acompanhar a trajetória da vida de Hassan e Amir, dois garotos diferentes por suas classes, mas não por seus genes.
Como toda história que envolve amizade, há muitos pontos previsíveis, mas nada que afete seu status de best-seller.
Uma leitura que nos aborda para pensar se nossas amizades realmente são verdadeiras ou se guardamos um caráter covarde capaz de abdicar um amigo pelos nossos próprios medos.
Você já deve, ou não, ter ouvido falar na série de canal fechado Gossip Girl, originada a partir dos 12 livros de Cecily Von Ziegezar.
Eu dei uma chance a série de livros e li o primeiro volume: Gossip Girl, as delícias da fofoca e tudo o que tenho a dizer é que simplesmente é melhor que a série; há pontos diferentes tanto nos personagens quanto na história.
É mais uma literatura adolescente, cheia de personagens problemáticos, ricos, da hight society e etc. etc.
Faz bastante sucesso nos Estados Unidos, é quase a vida do povoado teen daquele país. A série é cultuada por eles e nem vejo tanto motivo para isso; ou será porque as garotas se identificam com as histórias das garotas da Upper East Side? Bom, seja lá o que for, a única coisa que me prendeu a história, foi a curiosidade de descobrir a tal Gossip Girl, ou como diria a tradução para o português pobre: A Garota do Blog; e creio que terei de ler os 12 livros para descobrir, ou não.
Essa Gossip Girl não pode ser humana, ela detalha toda a vida dos personagens, coisas que só sendo invisível pra saber.
E que os blogs não virem modinha depois dessa história.
Acho os irmãos Baudelaire tão... lerdinhos; apesar disso é uma das minhas séries de livros preferidas.
Desventuras em Série, como o nome já diz, é uma série de treze livros, que conta a história de três irmãos órfãos, mais conhecidos como Baudelaire.
O primeiro volume, no qual foi o que tive a oportunidade de ler, teve adaptação para o cinema; difícil quem ainda não viu. O filme deixa a desejar, seria perfeito se tivesse sido dirigido por Tim Burton. A excentricidade dele faz falta em filmes do gênero.
É extranho ler o livro depois de ver o filme, o bom é que a indgnação pela falta de detalhes importantes é menos.
Recomendo a todos que gostam de acompanhar e sofrer com os personagens do início até o fim.
Fim Medonho, o primeiro livro da trilogia Eddie Dickens é totalmente estranho; e eu gosto disso. Quer uma história bizarra, aí está ela, leia a trilogia de Eddie Dickens.
Fica até difícil de explicar o enredo, porque para se ter uma ideia concreta da insanidade dos personagens, é só lendo.
Cheguei a ler parágrafos mais de uma vez para tentar entender se era aquilo mesmo que eu tinha lido; não é difícil ficar doido junto com os personagens.
Pobre Eddie Dickens, o protagonista da história.
Uma obra britânica, bem do jeito que eu gosto. Daria um filme interessante; outro prato cheio para Tim Burton. (Sim, eu sou fã do Burton)
A Cabana, outro best-seller do momento, é um livro especial.
Mackie, após a morte de sua filha, perde sua fé em Deus e após receber um bilhete misterioso, sua vida muda por completo.
Pensei que fosse um livro pra tentar converter adolescentes, muito pelo contrário; é uma história contada de uma forma simples, gostosa de se ler e feita especialmente pra quem tem fé.
Fica a Dica.
Bilhete
O
relógio da mesa de cabeceira marcava sete horas, ela puxou as cobertas
até o pescoço e se encolheu na forma de um Z. A névoa da manhã estava
fria e a réstia de sol que despertava por entre a janela entreaberta
construía um contraste aconchegante entre frio e quente; uma mistura
convidativa a se ficar mais umas horinhas sob as cobertas.
Fechou os olhos com força, porque o que ela queria, de verdade, naquele momento, era que aqueles sonhos impossíveis, mas envolventes, retornassem com a força da rebentação de uma onda. Estava tentada a esconder-se de si mesma atrás daquilo que a sua mente criava com perfeição enquanto dormia. Talvez nos sonhos ela pudesse fazer o contrário do que ela realmente era, ter o que ela não tinha, amar sem ser condenada, compartilhar segredos com alguém sem correr o risco de ser traída, ter experiências malucas e o melhor de tudo é que ninguém iria saber, porque o sonho é um mundo criado por aquele que o tem, uma atmosfera particular, que guarda os medos, os desejos e os sentimentos de alguém; o lado mais surreal e significativo da mente humana.
Mas arrastar-se para um mesmo sonho é como querer reverter o passado, voltar o ponteiro do relógio e fingir que nada aconteceu. Na sensação frustrada daquele que não consegue mandar em seus próprios sonhos, ela levantou-se e foi em direção a janela. Lá fora, o céu se mostrava em um azul celeste com o balé do movimento lento das nuvens, formando figuras disformes no infinito; o sol já brilhava com força refletindo seus cabelos castanhos num tom avermelhado, as calçadas estavam cobertas por um tapete feito de folhas que despiram as árvores no balanço do vento de outono. Puxou as cortinas até o canto das paredes e abriu a janela até mais onde não podia.
Logo ali, ao lado da cozinha onde ela se direcionara para pegar uma xícara de cappuccino, a sala conservava os vestígios de um encontro entre amigos do dia anterior. Três garrafas de champanha e cinco taças estavam pousadas sobre a mesa de centro, alguns DVDs de clássicos do cinema permaneciam espalhados pelo chão perto da televisão, cobertores amarrotados pelo sofá e uma caixa redonda que deixara vazar algumas fotos pelo tapete decorado.
Recostando-se na estante da sala, ela olhara para aquela desorganização boa. Boa no sentido de que guarda a união de cinco grandes amigos. A noite passada fora especial; um encontro para reunir os cinco inseparáveis da época do primeiro ano da faculdade. Tempos em que estavam transitando para uma nova fase de suas vidas, começando a crescer. Agora eram cinco adultos cheios de responsabilidades, que se encontravam para dividir suas experiências, suas aventuras.
Segurando a xícara com as duas mãos, ela fora se embrenhar nos cobertores embolados sobre o sofá, quando avistou dentre as fotografias caídas da caixa, uma em especial. Ficou ali, parada, olhando a foto por alguns segundos antes de reclinar-se para pega-lá.
Na foto amarelada pelo tempo, uma garota de cabelos castanhos, até aos ombros, olhar doce e vestida de um cashmere de tricô rosa, abraçava um jovem alto, bonito, de olhos verdes, elegantemente vestido de pulôver preto. E ela continuava ali, olhando a foto, com um meio sorriso estampado no rosto.
Um amor de colegial retratado em uma foto tirada casualmente, num daqueles invernos em que costumavam se encontrar embaixo de uma árvore no alto do morro, onde tinham uma vista perfeita das luzes da cidade.
Pousou a xícara sobre a mesa de centro ao lado das taças sujas de champanha, ajeitou os cabelos, e começou a revirar aquela caixa, que mais era um reservatório de nostalgia. Seus dedos tocaram em algo que parecia um clipe; era uma foto presa a um bilhete. Nela, algo que parecia ser continuação da fotografia que ela encontrara no chão. Os dois jovens riam sob os respingos do chafariz da praça central da cidade. Uma noite perfeita de inverno molhada pelas gotas geladas do chafariz. Arrancou o clipe que prendia o bilhete à foto e desdobrou aquele pequeno papel amassado e desbotado pelos anos.
Em uma caligrafia cuidadosamente floreada, as palavras diziam:
Eu não queria que as coisas terminassem assim, ou melhor, eu nem bem ao certo sei por quê elas terminaram, você não me deu um motivo plausível.
Olha, é o terceiro bilhete que eu lhe escrevo. Os outros dois estão aqui, amassados, rabiscados, porque eu não sabia como lidar com as palavras, assim como você não soube lidar com meus sentimentos; você simplesmente os amassou, riscou e mandou-os para o lixo.
Aqui vai uma foto, prova que um dia eu fui feliz com você. Eu poderia ter tido mais coragem, indo falar diretamente contigo. Eu sei. Mas sinto-me mais forte escrevendo, o papel não leva as lágrimas que derramo agora, você não precisa me ver chorar.
Aproveitei quando você deixou seu caderno sozinho sobre a mesa durante o intervalo das aulas e coloquei este bilhete dentro dele. Não se preocupe ninguém viu e, por favor, ao menos o leia e reflita. Agora é sua vez de pensar, porque eu já estou cansado de pensar em você.
Uma lágrima começou a escorrer-lhe pelo rosto enquanto ela passava seus olhos sobre aquelas palavras. Ter a capacidade de ser absorvida pelo mesmo sonho ela queria, mas não pelo passado. Afastou as cobertas, secou as lágrimas, amassou o bilhete com uma das mãos e rasgou a foto no meio. A culpa não era dele, eles se separaram por motivos dela, somente dela.
Deitou-se no sofá e fechou os olhos, absorta em seus pensamentos.
Fechou os olhos com força, porque o que ela queria, de verdade, naquele momento, era que aqueles sonhos impossíveis, mas envolventes, retornassem com a força da rebentação de uma onda. Estava tentada a esconder-se de si mesma atrás daquilo que a sua mente criava com perfeição enquanto dormia. Talvez nos sonhos ela pudesse fazer o contrário do que ela realmente era, ter o que ela não tinha, amar sem ser condenada, compartilhar segredos com alguém sem correr o risco de ser traída, ter experiências malucas e o melhor de tudo é que ninguém iria saber, porque o sonho é um mundo criado por aquele que o tem, uma atmosfera particular, que guarda os medos, os desejos e os sentimentos de alguém; o lado mais surreal e significativo da mente humana.
Mas arrastar-se para um mesmo sonho é como querer reverter o passado, voltar o ponteiro do relógio e fingir que nada aconteceu. Na sensação frustrada daquele que não consegue mandar em seus próprios sonhos, ela levantou-se e foi em direção a janela. Lá fora, o céu se mostrava em um azul celeste com o balé do movimento lento das nuvens, formando figuras disformes no infinito; o sol já brilhava com força refletindo seus cabelos castanhos num tom avermelhado, as calçadas estavam cobertas por um tapete feito de folhas que despiram as árvores no balanço do vento de outono. Puxou as cortinas até o canto das paredes e abriu a janela até mais onde não podia.
Logo ali, ao lado da cozinha onde ela se direcionara para pegar uma xícara de cappuccino, a sala conservava os vestígios de um encontro entre amigos do dia anterior. Três garrafas de champanha e cinco taças estavam pousadas sobre a mesa de centro, alguns DVDs de clássicos do cinema permaneciam espalhados pelo chão perto da televisão, cobertores amarrotados pelo sofá e uma caixa redonda que deixara vazar algumas fotos pelo tapete decorado.
Recostando-se na estante da sala, ela olhara para aquela desorganização boa. Boa no sentido de que guarda a união de cinco grandes amigos. A noite passada fora especial; um encontro para reunir os cinco inseparáveis da época do primeiro ano da faculdade. Tempos em que estavam transitando para uma nova fase de suas vidas, começando a crescer. Agora eram cinco adultos cheios de responsabilidades, que se encontravam para dividir suas experiências, suas aventuras.
Segurando a xícara com as duas mãos, ela fora se embrenhar nos cobertores embolados sobre o sofá, quando avistou dentre as fotografias caídas da caixa, uma em especial. Ficou ali, parada, olhando a foto por alguns segundos antes de reclinar-se para pega-lá.
Na foto amarelada pelo tempo, uma garota de cabelos castanhos, até aos ombros, olhar doce e vestida de um cashmere de tricô rosa, abraçava um jovem alto, bonito, de olhos verdes, elegantemente vestido de pulôver preto. E ela continuava ali, olhando a foto, com um meio sorriso estampado no rosto.
Um amor de colegial retratado em uma foto tirada casualmente, num daqueles invernos em que costumavam se encontrar embaixo de uma árvore no alto do morro, onde tinham uma vista perfeita das luzes da cidade.
Pousou a xícara sobre a mesa de centro ao lado das taças sujas de champanha, ajeitou os cabelos, e começou a revirar aquela caixa, que mais era um reservatório de nostalgia. Seus dedos tocaram em algo que parecia um clipe; era uma foto presa a um bilhete. Nela, algo que parecia ser continuação da fotografia que ela encontrara no chão. Os dois jovens riam sob os respingos do chafariz da praça central da cidade. Uma noite perfeita de inverno molhada pelas gotas geladas do chafariz. Arrancou o clipe que prendia o bilhete à foto e desdobrou aquele pequeno papel amassado e desbotado pelos anos.
Em uma caligrafia cuidadosamente floreada, as palavras diziam:
Eu não queria que as coisas terminassem assim, ou melhor, eu nem bem ao certo sei por quê elas terminaram, você não me deu um motivo plausível.
Olha, é o terceiro bilhete que eu lhe escrevo. Os outros dois estão aqui, amassados, rabiscados, porque eu não sabia como lidar com as palavras, assim como você não soube lidar com meus sentimentos; você simplesmente os amassou, riscou e mandou-os para o lixo.
Aqui vai uma foto, prova que um dia eu fui feliz com você. Eu poderia ter tido mais coragem, indo falar diretamente contigo. Eu sei. Mas sinto-me mais forte escrevendo, o papel não leva as lágrimas que derramo agora, você não precisa me ver chorar.
Aproveitei quando você deixou seu caderno sozinho sobre a mesa durante o intervalo das aulas e coloquei este bilhete dentro dele. Não se preocupe ninguém viu e, por favor, ao menos o leia e reflita. Agora é sua vez de pensar, porque eu já estou cansado de pensar em você.
Uma lágrima começou a escorrer-lhe pelo rosto enquanto ela passava seus olhos sobre aquelas palavras. Ter a capacidade de ser absorvida pelo mesmo sonho ela queria, mas não pelo passado. Afastou as cobertas, secou as lágrimas, amassou o bilhete com uma das mãos e rasgou a foto no meio. A culpa não era dele, eles se separaram por motivos dela, somente dela.
Deitou-se no sofá e fechou os olhos, absorta em seus pensamentos.
Amor suicida
Todo o tempo em que eu estivera em Paris, ficara contando os dias para voltar a Londres.
Sentia
saudade da magnitude de meu país, do frio, do chá diante da lareira que
crepitava jogando torrões de carvão por toda a sala. Estava imaginando
minha estadia acalorada de regresso, sentado em um assento
desconfortável de trem. Observava as imagens que corriam através da
janela, conforme o movimento ágil da locomotiva. Fechei os olhos e
adormeci.
Era
cheiro de erva doce, um perfume suave. Fiquei tão extasiado com o
aroma, que continuei de olhos fechados para que o perfume que invadia
minhas narinas ressaltasse ainda mais sua doce essência. Fiquei ali,
exalando aquele perfume estonteante, como um perfumista que testa sua
mais nova criação.
Abri
os olhos e como um rastro perfumado, a essência de ervas levou meu
olhar a uma donzela que conversava com uma senhora. Ela tinha cabelos
rubros presos em uma trança envolvida em fios dourados e trajava um
vestido longo, de um vermelho escuro que contrastava com seus cabelos.
As mangas longas eram de rendas pretas e um espartilho prendia o vestido
a sua cintura. Foi tudo o que pude ver; pois a donzela misteriosa, dona
daquele perfume, estava de costas.
Em
torcidas frustradas para que ela se virasse e eu pudesse contemplar
seus olhos,a tal senhora a arrastou pelo braço, vagão a fora. Ah, como
eu queria vê-la! Perguntar seu nome, conversar com ela, saber o que
estava acontecendo.
Segui
viagem atormentado em saber que a dona do perfume mais estonteante e
dos cabelos mais lindos que já vira, estava a alguns vagões a minha
frente.
O
solavanco da locomotiva avisou aos passageiros que já haviam chegado à
estação de desembarque. Apanhei minhas malas, pousei meu chapéu sobre a
cabeça e saí cortando a multidão que desembarcava, na esperança de
encontrar a Donzela Misteriosa. Sim, foi assim que decidi que a chamaria
enquanto não soubesse seu nome.
Desci
na estação, e através de tantas pessoas que se abraçavam num afago de
boas-vindas, um brilho vermelho se destacou adiante. Os raios de sol
refletiram nos cabelos da Donzela Misteriosa que caminhava em direção a
um carro, acompanhada pela senhora e por um homem de aparência muito
distinta.
Corri
numa tentativa de aproximação, mas a Donzela Misteriosa partiu naquele
carro. De repente algo brilhou na beira da calçada. Curvei-me e apanhei o
que era um lenço branco com uma pequena rosa incrustada de pedrinhas
vermelhas. Era dela, eu tinha certeza. Tinha o cheiro dela, o destino
não fora tão cruel, ao menos me deixara uma lembrança. Guardei o lenço
na lapela e segui andando.
Minha
casa estava do mesmo jeito de como quando parti há três anos. O cheiro
de ambiente fechado matava a minha saudade daquele lugar. Joguei as
malas pela sala e abri as janelas para deixar o sol dar as boas vindas.
Atirei-me
no sofá, arranquei os sapatos e fiquei a contemplar aquele lenço,
carregado do aroma da Donzela Misteriosa. Como era bom voltar a Londres!
No
dia seguinte, o jornaleiro deixou o jornal do dia na soleira da porta.
Fui pegá-lo segurando uma xícara de café e, com um baque surdo, deixei a
xícara cair ao chão espalhando café e cacos de porcelana por toda a
sala.
O
quê deixara-me tão extasiado, a ponto de ficar quase um minuto sem
dizer uma palavra, de olhos fixos na primeira página daquele jornal?
Nada mais que uma manchete que ganhara primeira página dizendo em letras garrafais:
As Nobrezas Se Unem
E
logo abaixo uma foto de um rapaz distinto ao lado de uma donzela. Ele
tinha certeza, era ela, a Donzela Misteriosa, com o mesmo sujeito que a
acompanhara de carro, na estação. Mesmo a fotografia sendo em preto e
branco, ele jamais poderia confundir aqueles cabelos trançados em fios.
Não trazia o nome dela, apenas a tratava como filha de um dos mais ricos da alta-sociedade londrina.
Ela
iria se casar, amanhã, ao final da tarde. Como numa evasão de
esperança, meus sonhos com a Donzela Misteriosa morreram. Caí sentado
sobre o sofá, ainda contemplando a fotografia. Agora eu podia vê-la,
seus olhos eram doces, mas uma sombra de tristeza parecia despontar de
seu olhar piedoso. Amassei o jornal e joguei-o sobre uma pilha de livros
que permanecia a um canto da sala.
O
dia pareceu correr, anoiteceu, amanheceu. Chegara o dia em que meu pior
pesadelo iria se tornar realidade. O lenço ainda tinha um lugar
especial em minha lapela, refletindo suas pedrinhas vermelhas que davam
forma a uma pequena rosa.
A
tarde foi caindo num crepúsculo que tornou o céu num rubro amarelado.
Fiquei inquieto, mas ao mesmo tempo conformado com o casamento da
Donzela Misteriosa; afinal, eu nem a conhecia. Como pude me apaixonar
por uma pessoa que nem ao menos sabia de minha existência, que até
pouco tempo atrás eu só conhecia pelos longos cabelos vermelhos,
trançados em fios dourados?
Quem
eu queria enganar? A mim mesmo? Apanhei o chapéu e segui para o grande
salão onde aconteceria o casamento. O som de uma orquestra já se
mostrava do outro lado da rua. Eu estava disposto a esquecê-la, mas
antes queria vê-la pela última vez, queria ver a cor de seus olhos.
Atravessei
a ruela de acesso aos fundos do grande salão. Havia uma janela de vista
estratégica para a festa, mas era demasiada alta para mim. Então,
lembrei-me de que logo mais a frente havia um caixote velho pousado
sobre uma árvore; fui correndo pegá-lo, quando na volta, deparei-me com
uma senhora puxando o braço de uma senhorita aos prantos. Era ela, eu
tinha certeza. Escondi-me atrás de um carro estacionado bem perto da
Donzela Misteriosa e ouvi a conversa.
Ela
não queria se casar estava decidida a fugir daquele casamento, mas a
senhora que a pressionava, dizia algo sobre honrar a família e então
adentraram ao salão.
Então
era isso o tempo todo, por isso ela estampava um olhar tão triste
naquela foto de jornal. Não, o destino não poderia ser tão injusto.
Ajeitei
o caixote logo abaixo da janela e subi sobre ele, agora podia ver tudo,
inclusive a Donzela Misteriosa de olhos verdes. Essa era a cor de seu
olhar. Eu queria poder fazer algo, gritar, invadir o salão e carregá-la
para fora dali, pedir para que ela fugisse comigo, mas de nada
adiantaria, o que é um pobre contra uma nobreza?
Ah,
como eu queria que ela soubesse que eu conhecia seus sentimentos, sua
dor, seu ódio, o desespero que afugentava sua alma. Sentia-me mal comigo
mesmo por não poder ajudá-la.
De
repente uma movimentação começara dentro do grande salão, a Donzela
Misteriosa saíra porta a fora, correndo, segurando a barra de seu
vestido. Logo atrás dela, a senhora, que a obrigara a se casar, se
martirizava em gritos. Tamanha minha surpresa, saí correndo atrás dela, pelas ruelas londrinas.
Depois
de cinco quadras correndo atrás da Donzela Misteriosa, perdi-a de
vista. Fiquei alarmado, irrequieto procurando-a pelas esquinas e vielas.
Mas uma corrente de ar frio me trouxe um perfume doce, que cheirava a
ervas. Fui seguindo aquele doce aroma, até chegar a uma estrada de
terra, arborizada.
Trilhei
o caminho, sendo conduzido por aquele aroma, quando vi aqueles cabelos
rubros esvoaçando, soltos da trança, e lá estava ela, a Donzela
Misteriosa, se jogando de um penhasco, de braços abertos, sendo tragada
pela escuridão como uma marionete.
Não
consegui gritar, fiquei ali, parado, vendo-a desaparecer nas trevas;
era como se meu mundo tivesse estacionado, como se todo meu ar tivesse
sido extraviado. Logo na extremidade do penhasco, havia uma rosa, assim
como aquela do lenço, incrustada por pedrinhas vermelhas.
Ajoelhei-me
na beira daquele local que se tornou cenário de meus pesadelos,
arranquei o lenço de minha lapela e joguei-o para junto da escuridão do
penhasco.
Perdi meu ar, perdi meu chão e a Donzela Misteriosa, que nem ao menos pude saber o nome.
Sintonia
A onda quebra suas águas frias contra a areia morna e molha meus pés nus numa sintonia entre humano e natureza. De sandálias nas mãos, cabelos ao vento e braços abertos, deixo que a brisa fria traga o estupor do cheiro de liberdade que transpassa por entre meus dedos.
Sinto
o enaltecimento do momento em que trago de mim o que eu talvez desejo
ser. Escuto o vento conversando com as folhas das árvores e despertando a
força da rebentação das ondas. A visão de um céu azul e o farfalhar do
cascalho rolando pela areia.
O cantar das gaivotas são
como silvos de um infortúnio pensamento, que sibilam dentro de mim num
tom agudo que me faz tapar os ouvidos como num gesto desesperado de não
ouvir a mim mesma. No fundo queria ser como aquelas aves que sobrevoam a
enseada; seria capaz de trocar qualquer regalia por um par de asas;
talvez o vôo me levasse sem destino por um céu infinito onde não importa
o que digo, o que penso, o que falo.
Deito-me na areia
quente, sob um sol que não me permite olhá-lo diretamente. Seus raios
penetrantes saltam sob meus olhos deixando-me como aquele que recobra a
visão e enxerga pela primeira vez com um esforço desdobrado de quem
desacostumara-se a claridade.
Fecho os olhos e imagino-me
esticando os braços tão longe, que posso pegar um tufo de nuvem que como
fumacinhas ondulantes, escapam por entre meus dedos. É mágico, surreal.
Mais além, de ouvidos aguçados, ouço o
sibilar dos passarinhos banhando-se sobre as pedras, onde podem se
aproveitar das gotículas geladas que se chocam sobre as rochas e
divertem-se escorregadias sobre suas penas.
É como se um cantarolar suave de uma voz sublime vindo do mar me arrastasse numa sintonia desvairada entre real e imaginação.
O
sol já se põe no horizonte, o céu mostra-se num crepúsculo alaranjado,
como que pintado cuidadosamente. Os raios cansados perdem força e se
esvaem lentamente atrás da retidão do mar calmo, refletindo no oceano e
construindo um breve caminho avermelhado sobre as águas; um tapete de
ondulações que se movem à brisa lenta.
Uma chuva fina e
gelada me carrega num frio abstrato, que me faz encolher e partir de
braços cruzados. Junto com as gotículas que caem do céu, vem ela, a
noite; como num balanço de partida, companheira, que desperta medos e
imaginações. Uma noite sem estrelas, sem lua, nublada, chuvosa. Que veio
para resfriar o calor do dia, a sintonia que se estendeu sobre mim.
Chegou Assim
Sem permissão, de mansinho, sorrateiro, em silêncio. Sem ordem, sem escrúpulos, com discrição. Coincidência do destino.
Foi de repente, num exalo de distração, sem explicação. Foi invadindo, tomando conta.
E
a saudade, inexplicável. A falta de algo que nunca tive. A ausência
dói, danifica, machuca, destrói e constrói algo sem sentido. Falta o
toque, a presença, o calor, a textura, o sentir, o beijar, o desejar, o
abraçar.
Minhas mãos suam, meu peito arfa, meu coração se desespera, minha respiração acelera; como se você fosse o ar necessário.
Vem,
eu te ajudo a fugir dessa solidão e em troca você preenche esse vazio
que cresce dentro de mim. Vem e me ajuda a entender esse momento; sinta
comigo isso que os poetas chamam de amor.
O meu pior inimigo sou eu mesma
Esses dias eu estava lendo mais uma das postagens do Gabriel Leite, em seu blog Frenesi e tive um super choque de identificação.
Sim,
eu me identifico muito com tudo o que ele escreve, por isso as minhas
visitas ao blog dele são mais frequentes do que as minhas ao meu próprio
blog, pois é.
Como Começa,
foi o texto que mais me colocou a refletir, cada palavra, cada ideia
nele contido, foi uma espécie de segredo revelado; incrível como tudo o
que eu penso foi exposto através das palavras certas, da maneira que
talvez eu não saberia explicar.
Se você não ler o
texto, não vai entender o que quero dizer. E se ler, certamente irá
pensar que escrever um livro é um querer mais que absurdo de minha parte
(Veja, já estou tentando adivinhar seu pensamento, o que na verdade é
apenas uma negativa perspectiva de mim mesma; ou seja, é o que na real eu penso).
Pode
parecer utopia, ou drama queen, mas ultimamente está sendo muito
difícil algo bom sair do projeto. Só quem já tentou sabe como é difícil
construir um parágrafo de um livro. Já tive todo o enredo em mente, mas
na hora de colocá-lo no papel (ou melhor, construí-lo no word), há um
certo bloqueio, ou receio.
Receio do que as pessoas
irão pensar, da crítica alheia. Porque eu mesma já critiquei muitos
livros ruins, mas nunca experimentei levar correções e ajustes de
pessoas que leram algo que criei. Pimenta nos olhos dos outros é
refresco.
Pois então, ainda não tenho a coragem de
expor uma história minha; e não estou falando desses supostos contos que
escrevo. Digo algo maior e mais concreto, que pode levar anos de
trabalho e muita, mas muita criatividade.
Tenho uma
pasta com vários contos, e ninguém pode chegar perto. Eu publico aqui só
os que eu tenho certeza do que estou fazendo, mesmo estando um lixo;
pois quem está na chuva é pra se molhar.
"Não dá pra eu conduzir a descrição de um cenário enquanto a janela do msn pula aqui embaixo."
Vê? É por isso que eu amo ler blogues alheios, esse pessoal consegue
encontrar as palavras pra escrever tudo aquilo que eu também passo, que
eu também vivo.
E além disso, não dá pra escrever se
preocupando com o pensamento legal que eu poderia postar no Twitter, com
os replies que eu recebi, atualizando aquela página de cinco em cinco
minutos, ou produzir diálogos coerentes, de Headset, ouvindo Sum 41.
Tento
me espelhar em J.K. Rowling, que, mesmo com a pressão dos fãs e sendo
alvo pronto às críticas, publicou o último livro da série Harry Potter,
magnífico e impecável. Mas para isso, preciso parar de subestimar minha
capacidade, de enxergar somente o talento dos outros e de me sentir
inferior diante das tantas coisas boas que o pessoal anônimo escreve por
aí; só não sei se consigo.
pensar faz bem !
Não adianta apenas pensar em si, afinal você também vive pelos demais. Não adianta apenas pensar nos demais, afinal eles também vivem por você. Existem muitos motivos de se viver pelos demais, existem muitas formas. Mas não existe quem seja perfeito o bastante para viver em equilíbrio sobre isso.
Apenas tire alguns minutos de seu dia para refletir o que afinal você está fazendo nesse mundo, e quem poderia ser mais feliz com a sua passagem por aqui. Procure fazer alguém sorrir, procure sorrir com alguém.Por mais que todo esse tempo que temos, ou achamos que teremos aqui nos pareça razoável, ele só vai mesmo ser bom e completo se muito bem aproveitado...
Ainda há tempo de fazer algo que seja refletido em tudo de bom que você já desejou, em tudo o que possa te fazer acreditar que valeu a pena. Ainda há tempo pra viver e descobrir qual é seu motivo de viver aqui.
Vamos todos brincar de "vivedores", e tentar uma promoção que nos faça ver que vale mesmo a pena tentar fazer com que seja tudo certo o que você acabou de ler :)
Quantas vezes por dia você pensa no amor ?!
O que devemos fazer quando realmente não temos a minima certeza se estamos apaixonados por uma certa pessoa? Mais complicado ainda quando a dúvida vem sobre mais de uma pessoa :S Você se sente tão bem perto de uma quanto perto da outra, ambas fazem seu coração disparar, o mundo parece mais vivo e colorido quando você pensa nelas e em tudo o que vocês já passaram juntos. Não há uma só razão pra você desacreditar no que sente por qualquer uma delas, tudo parece perfeito... a não ser o fato de onde partiu todo esse pensamento: você não tem a minima certeza de que isso seja mesmo paixão !
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